quinta-feira, 12 de março de 2015

Imaculada Dualidade Profanada

Entre a ânsia e o controle,
O respeito e o pecado,
Ferroam o espírito desejos profanos,
Em noves e oitos, na cauda de um gato.

Sol e Lua de outro mundo
Contemplados em território proibido,
Onde o bardo sonha, ou não. Reprime.
(À cada instante aumenta a sua fome)

Evento dual observado no escuro,
Tesouro de chumbo em solo sagrado.
Sete vezes eu lhe afirmo sem incertezas,
Goza no Inferno e padece no Divino.

Sol e Lua de outro mundo,
Evento dual observado no escuro.
Sua luz é lança banhada em veneno,
Suas torres a perdição em forma de barro.

Entre a ânsia e o controle,
O respeito e o pecado,
Dança o bardo em cantiga,
Um passo para trás, dois passos para frente.

Para frente, rumo à ruína de seu espírito,
Para trás, rumo à agonia de cálice esquecido.
Evento dual observado no escuro,
Sonhado todas as noites,
A cada instante aumentando sua fome.

Evento dual observado no escuro,
Sol e Lua de outro mundo.
Suas torres são a perdição em forma de barro,
Suas garras tal como guante de veludo.

Evento dual observado no escuro,
De outro mundo,
De outro livro.
Canta o bardo, ora em auxílio,
A cada instahte aumentando sua fome...

Eu presenciei algo no escuro...
Sol e Lua de outro mundo.
Suas torres eram a perdição em forma de barro,
Noves e oitos na cauda de um gato.

Eu presenciei algo no escuro...

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